“Estejam prontos para realizarem qualquer missão militar dentro ou fora de nossas fronteiras se necessário”.
Essas foram as palavras ditas pelo presidente do Egito, AlBdul Fatah Al-Sisi as Forças Armadas.
Embora elas pareçam normais de serem ditas por um chefe de estado para as suas forças militares. No caso do Egito, a situação não é bem por ai, já que os egípcios estão em desacordo tanto com a Líbia, quanto com a Etiópia.
Líbia
No caso da Líbia, o governo egípcio apoia as forças de Haftar, que no caso é a LNA. A LNA por sua vez, luta contra a GNA, que é um governo provisório criado e reconhecido pela ONU e que tem a sua sede em Trípoli.
Al-Sisi disse hoje o seguinte sobre a Líbia:
“O único órgão ligante na Líbia, é o parlamento democraticamente eleito HoR e o exército que serve e protege o povo líbio sob sua ligação LNA”.
HoR = House of Representatives (Câmara dos Representantes).
LNA = Libyan National Army (Exército Nacional Líbio).
O presidente egípcio, não permitirá que as forças da GNA derrotem a LNA e por conta disso, está disposto a ir para a guerra direta e defender as forças de Haftar.
Etiópia
No caso da Etiópia, a situação gira em torno de uma barragem na qual os etiopês pretendem preencher ainda este mês. A barragem servirá como fonte geradora de energia para a sua gigantesca hidroelétrica.

A preocupação do Egito, é que a barragem diminua o nível do Rio Nilo, na qual é uma parte importante da economia egípcia.
Uma comitiva formada por egípcios e sudaneses, foi enviada para a Etiópia com uma proposta sobre a construção da barragem, porem, rejeitada pelo governo etíope.
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A rejeição ligou um sinal de alerta nas forças armadas egípcias, que começaram a elaborar um plano militar caso as negociações voltem a falhar.
A tensão entre os dois países piorou depois que o então comandante militar etíope, disse que o Egito deveria saber que a Etiópia pode “conduzir uma guerra de larga escala” em relação à disputa.
O Egito no entanto, acionou o Conselho de Segurança da ONU sobre o impasse, dando a entender que não abrirá mão dos seus interesses no Rio Nilo.
Por fim, basta agora saber, para qual pais foi direcionado as palavras de Al-Sisi, Líbia ou Etiópia?