O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, reiterou o apoio de seu país ao governo da Líbia, reconhecido pelas Nações Unidas, durante uma visita à capital, segundo o governo de Trípoli.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (17), o governo do Acordo Nacional (GNA). Disse que Di Maio encontrou seu chefe, Fayez al-Sarraj, e renovou o “apoio da Itália” a ele, bem como aos esforços do enviado da ONU na Líbia, Ghassan Salame, para reviver. o processo político no país.
A Líbia tem sido atingida por turbulências e divisões desde um levante apoiado pela OTAN que derrubou e matou o antigo governante Muammar Gaddafi em 2011.
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Desde então, ele foi dividido entre administrações rivais no leste e no oeste do país, disputando o poder.
Conferencia de Berlim
A autoridade italiana expressou esperança de que uma conferência internacional sobre a Líbia, que será realizada em Berlim. Em janeiro, segundo a ONU, possa levar a um “consenso” entre os países envolvidos na crise da Líbia, acrescentou o comunicado.
A conferência de Berlim foi convocada com o objetivo de acabar com as divisões internacionais sobre a Líbia e abrir caminho para uma solução política para o conflito.
Separadamente, na terça-feira, o Ministro da Itália, Di Maio encontrou o rival de al-Sarraj, o Marechal Khalifa Haftar, na sede do auto-denominado Exército Nacional da Líbia em al-Rajma, a leste de Benghazi.
O site de notícias pró-Haftar al-Marsad postou um vídeo da reunião, mas não forneceu detalhes.
Ofensiva em Trípoli
As forças de Haftar lançaram em abril uma campanha militar para capturar Trípoli da GNA.
A ofensiva provocou combates que deixaram mais de 1.000 pessoas mortas e 140.000 deslocadas, segundo a ONU.
Na quinta-feira (12), Haftar anunciou que havia ordenado que seus combatentes iniciassem uma então “batalha decisiva” para capturar a capital.
Na segunda-feira (16), forças em cinco cidades do oeste da Líbia que lutam sob o GNA, anunciaram uma mobilização para defender Trípoli contra o último avanço de Haftar.
Em um comunicado, as autoridades das cidades de Kabaw, Zliten, Khoms, Msallata e Zawiya pediram coordenação e cooperação para repelir qualquer ataque.
“No terreno, não houve nenhuma mudança importante desde o anúncio de Haftar; nenhum avanço para nenhum lado da guerra ou facções no terreno.
As forças de Haftar estão travando uma guerra da mídia para intimidar e testar seus inimigos. A última declaração foi na quinta-feira pelo próprio Haftar, declarando a então ‘Hora Zero’, incentivando suas forças a entrar em Trípoli
Portanto, esta declaração dessas cidades para mobilização em massa é uma espécie de contra-declaração para intimidar as forças de Haftar. Que agora estão tentando se aproximar do centro da cidade”. disse Mahmoud Abdelwahed, da Al Jazeera, em Trípoli.
Enquanto isso, o Kremlin disse na terça-feira que o presidente da Rússia. Vladimir Putin, e seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, discutirão a oferta de Ancara de fornecer apoio militar ao GNA. Durante as negociações na Turquia no próximo mês.
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Acordo Turquia e Trípoli
No sábado, a Turquia enviou um acordo bilateral com o governo de Trípoli ao seu parlamento para aprovação, com o intuito de conseguir uma medida que o aproxima de enviar ajuda militar ao governo de Trípoli.
Ancara disse que pode enviar apoio militar à Líbia se o governo de al-Serraj o solicitar, mas o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse no sábado que esse pedido ainda não foi feito à Turquia.
Fonte: The Libyan Report