O Ministério das Relações Exteriores do Brasil negou nesta segunda-feira o envolvimento do Brasil na invasão a um destacamento das Forças Armadas da Venezuela.
O Ataque resultou na morte de militares da Venezuela, inclusive um oficial de alta patente, portanto foi visto como um ataque muito forte.
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Segundo a agência France Presse, vários jornais locais noticiaram que o episódio aconteceu em Gran Sabana.
Que é uma das principais zonas turísticas do país, no estado de Bolívar, e que faz fronteira com o estado de Roraima, portanto, muito importante para a economia local.
Os agressores tomaram um destacamento militar e posto policial, levando mais de 120 fuzis, portanto dando um forte golpe.
Além dos fuzis, mísseis AA Iglas, metralhadoras pesadas, pistolas, escopetas, lança-foguetes e uma enorme quantidade de munições foram capturadas.
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O ministro venezuelano da Comunicação, Jorge Rodríguez, disse que os invasores foram “treinados em acampamentos paramilitares plenamente identificados na Colômbia” e “receberam portanto a colaboração do governo de Jair Bolsonaro”.
Rodríguez não apresentou provas do envolvimento brasileiro no episódio.
O Itamaraty respondeu, na manhã desta segunda, que portanto “o Brasil nega qualquer envolvimento no episódio”.
O Palácio do Planalto havia informado apenas que não comentaria as acusações de Rodríguez, porém devido à mais acusações, o Brasil decidiu responder, portanto negando a autoria.
TENSÃO ENTRE BRASIL E VENEZUELA.
A Venezuela enfrenta uma profunda crise política, econômica e social, portanto devido à isso, milhares de pessoas já fugiram do país para outras regiões da América do Sul
Desde a chegada de Jair Bolsonaro à presidência, as relações entre Brasil e Venezuela ficaram mais tensas.
Bolsonaro defende publicamente a saída do poder do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, portanto as tensões são altas na região.
Desde o início deste ano, o governo brasileiro passou a reconhecer como autoridade do país o autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó.
Em fevereiro, na esteira de uma crise provocada pelo envio de ajuda humanitária organizada pelos EUA e por países vizinhos, incluindo o Brasil, Maduro determinou o fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela, no estado de Roraima.
O presidente venezuelano se diz vítima de uma tentativa de golpe por parte do Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte.
Mais recentemente, em novembro, a sede do governo venezuelano no Brasil foi ocupada por seguidores do autoproclamado presidente Juan Guaidó.
Apesar de o governo brasileiro reconhecer Guaidó como presidente venezuelano, a embaixada em Brasília é administrada por funcionários do presidente Nicolás Maduro.
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Na época, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “jamais tomou conhecimento e, portanto, não incentivou a invasão da embaixada da Venezuela.